Olá pra você que assim como eu passou o sábado trancado em casa. O frio não ta facilitando pra ninguém, não é mesmo?
Olá pra você que tava na rua e acabou de chegar. Curtiu muito? Então senta que lá vem história.
Hoje vamos falar da maravilhosa, espetacular, aquela que com toda a certeza fez parte da sua infância/adolescência: Thalita Rebouças.
Antes de mais nada, vamos reparar na beleza dessa mulher. Sério, ela é muito linda. E o instagram dela então? Só foto fabulosa. Melhor pessoa sim ou com certeza?
Nascida em 10 de novembro de 1974, ela é uma digna escorpiana. Se define como empolgada, teimosa, chata à beça na TPM, chorona e otas cositas más. Ah, e é gente como a gente. Assiste séries como Friends, Sex and the City e The Big Bang Theory. Já te quero como amiga, fofa.
Assim como alguns autores já comentados aqui antes, se apaixonou pela escrita muito jovem. Tinha apenas dez anos e já se denominava "fazedora de livros". Era ela afinal quem escrevia, desenhava, organizava as páginas, grampeava, fazia as capas e ainda por cima revisava. Isso mesmo, ela era totalmente fanática por acentos e pontuações. Olha que menina prodígio.
Enquanto nós, meros mortais, com dez anos brincávamos de pega e nos sujávamos na lama. Ou sei lá o que você fazia quando tinha dez anos. Não sou vidente e nem sou paga pra isso. (E nem pra nada né, monamu. Ta difícil colega...)
Mas ela também tava ciente de como escritor ganha pouco nesse país.
Como assim? Olha quantos escritores tem seus livros vendidos como água e blá blá blá.
Miga, se acalma e presta atenção. Não to dizendo que todos os escritores estão falidos e não tem como fechar o mês. Mas a verdade é que são poucos, poucos e raros, os que conseguem decolar neste Brasilzão e ganhar alguma coisa.
Literatura não é a coisa mais valorizada neste país, vamos combinar. Ninguém fala normalmente de literatura como se fala de futebol, sexo ou política. Ah, e religião também. Perto desses tópicos literatura quase não existe, e quem insiste em falar sobre isso é taxado de nerd, chato e passa a ser desconvidado das festas.
É triste, mas é verdade. Infelizmente.
Mas como eu dizia antes, a Thalita sabia disso e por isso se arriscou na faculdade de Direito, acreditando que seria a carreira da sua vida. Não foi. Depois de dois anos pensando de trancava ou não o curso, ela se mudou para Jornalismo que era muito mais sua cara.
Foi amor à primeira aula.
Deu tão certo que ela chegou a trabalhar em empresas como a Gazeta Mercantil, o Lance!, a TV Globo (sim, meus amigos. A gata ta podendo) e a FSB Comunicações.
Mas em 2001 sua vida mudou quando ela resolveu investir no seu sonho infantil. Disse um até logo para a jornalista e renasceu a escritora que havia nela.
E agora é a hora em que a gente se diverte horrores com essa mulher. Presta atenção.
Logo no começo da carreira ela foi convidada para uma tarde na Bienal do Rio, sua cidade amada. Ela estava autografando Traição de Amigas, seu primeiro bebê, mas logo percebeu que isso não seria muito fácil.
Todo mundo que já foi numa Bienal sabe que o ambiente não é muito fácil não. É muita gente, muita estande, muita muvuca. Você sai igual barata tonta, de um lado pro outro, atrás dos livros e, é claro, dos autores. Nem sempre da pra vê tudo. Na verdade, acho que nunca da pra vê tudo. Você perde tanto tempo nas filas que acaba por perder seu autor preferido, que tava ali do lado, mas que agora já foi embora.
Pra Thalita não foi diferente.
Haviam outros escritores lá, obviamente, e eram mais conhecidos que ela, que estava apenas começando. Passado uns vinte minutos, ela percebeu que se quisesse vender seu produto tinha que chamar a atenção do povo.
E o que você acha que a louca fez?
Thalita, que já havia feito teatro, não teve vergonha alguma em pular, gritar, fazer polichinelo e anunciar o livro como numa feira.
Isso mesmo, meus amigos. Agora imagina a reação das people. Eu não saberia se ria e ia até ela ou se correria de uma possível louca fugida do manicômio.(Aham, ia lá falar com ela e ainda por cima descobria que ela era mais normal que eu.)
Logo juntou gente, rindo é claro, e o livro passou a vender. Deve ter dado umas dorzinhas nas juntas de tanto que essa mulher autografou. E ela ainda foi convidada a voltar dois outros dias.
Em outubro de 2001, com a notícia que Traição de Amigas tinha ido pra segunda edição, ela resolveu agarrar as rédeas da divulgação. Passou a bater nas portas das livrarias e fazer eventos, onde ela vendia de três a doze livros por dia. Sempre bem humorada, é claro.
Em março de 2003, assinou com a Rocco e lançou Tudo por um Pop Star. Depois veio Fala Sério, Mãe! (que eu amo de paixão), que foi o seu primeiro a parar na lista de mais vendidos da resvista Época e do jornal O Globo. (Ui, ta podendo, hein.)
Depois disso foi livro atrás de livro.
A mulher é tão poderosa que já publicou em Portugal e na América Latina. Não é pra qualquer um não.
São mais de um milhão de livros vendidos.
Agora me diz se tem como saber tudo isso e não passar a amar essa pessoa? Claro que não.
Eu sempre fui uma grande fã dela e o meu sonho é encontrar essa diva. Agora então, ciente de todas essas coisas, estou ainda mais encantada e admirada. Não só com o talento dela, mas também com a determinação e coragem que ela teve. Thalita não esperou que seus livros vendessem, ela foi atrás, divulgou, brincou, chamou atenção do povo. Não ficou parada esperando que viessem pedir um autógrafo, brincou e anunciou o seu livro, sem o menor vestígio de vergonha.
Thalita provou que tudo é possível, desde que a gente acredite e mantenha o bom humor.
Melhor pessoa não há.
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