Adivinha quem se esqueceu de postar no blog hoje? Isso mesmo. Me culpem.Mas a culpa não foi exclusiva minha,acontece que eu fiquei assistindo um desenho e só agora fui terminar.
Mas não vamos nos demorar porque hoje o tempo é o nosso inimigo.
A resenha de hoje tá imperdível é sobre um dos meus nacionais mais querido, então se preparem.
Um defeito na rede elétrica deixa o bairro sem luz. Nada de movimento,
televisão, rock pesado no aparelho de som, nada para se distrair. E Luciana se
vê triste e solitária. Só uma coisa funciona: o telefone. Quem sabe fazendo a
roleta-russa, ligando um número qualquer, ela encontre alguém com quem possa
conversar e até trocar confidências.
Como uma típica adolescente de 13 anos, Luciana acredita que cada pequeno problema de seu mundo é uma verdadeira catástrofe. Mas tudo muda quando a rede elétrica do seu bairro cai e ela se vê presa num blecaute. Entediada, ela decide fazer uma brincadeira que suas amigas tinham lhe ensinado: a roleta russa.
Calma, calma! Não estamos falando de revolver dessa vez
A roleta russa consiste em discar números aleatórios e conversar com completos estranhos.
Nessa brincadeira, ela acaba ligando para Miguel e o desarmar ao perguntar "Você quer ser meu amigo?".
A conversa rola solta e a amizade floresce. Os dois começam a conversar sobre tudo e, em meio a jogos de perguntas e histórias engraçadas, Miguel começa a perguntar como a Luciana é, o que a deixa meio desconfiada, mas ele se desculpa e ela deixa pra lá. A conversa continua.
Os dois compartilham histórias, opiniões e segredos, coisas que nunca tiveram coragem de contar para ninguém, amigos ou familiares. Os laços entre eles começam a crescer.
Luciana desabafa sobre sua frustrada aparência, onde ela apenas se enxerga como uma menina feia e sem graça. Declara um absurdo que os garotos só gostem pela aparência e revela querer ser bonitapor um dia, apenas para chamar a atenção.
Miguel acredita que há muitos meninos por aí que não julgam pela aparência e que devem achá-la interessante, mas a teimosia de Luciana é difícil de aplacar.
A narrativa é quase totalmente feita por diálogos, o que torna o livro ainda mais interessante, deixando a leitura mais rápida e fluída.
O livro é bem curtinho, menos de 90 páginas, mas é uma delicia de se ler e quando se percebe, já acabou, deixando um gostinho de quero mais.
Confesso que conheci totalmente ao acaso.
Minha antiga escola, como forma de incentivar a leitura, dava livros de brinde todos os meses para o leitor que lesse mais livros naquele mês. Foi assim que eu o ganhei. Depois desse nunca mais consegui ganhar, uma garota da terceira série descobriu os gibis e passou a ler um por dia. Fui destronada.
A capa é simples, a sinopse passa a impressão de uma história banal, normal. O livro era nacional (na época fui afetada pela modinha dos internacionais, uma história vergonhosa) e a história, velha. Mesmo assim eu arrisquei. Por que não?
Foi uma surpresa deliciosa. Superou todas as minhas expectativas.
Minha identificação com a Luciana foi instantânea, compartilhávamos a mesma baixa auto estima. Me apeguei ao Miguel e seu jeito diferente de encarar o mundo. E a revelação final me fez ficar sem ar, totalmente surpreendida com o desenrolar.
Eu já tenho esse livro a uns seis anos, mesmo assim vivo lendo e relendo. Sabe como é, a saudade bate e não tem como evitar. O livro parece melhor a cada vez que o leio, como se o tempo só o fizesse melhorar.
Além de uma história gostosa de se ler, nos faz parar e refletir. Garanto que quem ler não vai se arrepender.
Duvida? Então eu te desafio!
“A amizade é o melhor pretexto até hoje inventado para que o indivíduo pretenda tomar parte na felicidade do outro.”
Olá, tudo bem ?
ResponderExcluirÉ tão bom quando temos um livro e ao reler é sempre uma delícia...Baixa auto estima, sou eu, nem precisa de muitas referências que já me interessei rsrsrs.
Saber que o livro é basicamente em diálogos também me interessou, afinal flui que é uma beleza.
Dica anotada.
Beijos
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