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Aceite-se
Publicado em
terça-feira, 11 de outubro de 2016
É tão difícil fugir dos esteriótipos. Digo isso com propriedade. Eu mesma já cai nessa cilada de personalidades prontas, achismos e conceitos pré-concebidos. Já peguei muito. Tanto dentro quanto fora do papel.
Todos tem um passado sombrio. Inclusive eu.
Como toda primeira vez, a minha foi sem graça e comum. Meus personagens eram os típicos mocinhos sem sal. A menina cheia de timidez. O menino cheio de paixão, nadaria por rios e mares atrás dela. Mas não tinha coragem de se declarar. O vilão,aquele invejoso, era o clássico bad boy. Fazia tudo de errado apenas pelo prazer. Mas amava a mocinha e odiava o mocinho.
Quantas vezes não vimos esse enredo repetidas vezes?
Quantas vezes mais teremos que ver?
Não estou criticando. Não estou dizendo que é chato e que eu nunca leria. Eu ainda leio coisas assim!
Mas quando uma história não tem mais nada a acrescentar, se torna tediosa.
É como feijão e arroz. É bom. É gostoso. É saudável. Mas se você repetir todos os dias apenas feijãoe arroz uma hora enjoa.
O mesmo acontece com a literatura.
É um ciclo.
Tudo está monotono e igual.
Alguém tem uma ideia super criativa e escreve uma nova história, cheia de originalidade.
Aquilo começa a vender.
Os outros percebem que aquela ideia está rendendo e resolvem aderir.
Logo, a ideia viraliza.
Ela se torna comum.
Tudo volta a ser igual.
É verdade que algumas ideias são realmente ótimas. Mas quando são repetidas inúmeras vezes, se tornam chatas.
Ninguém quer ser um escritor comum.
Esses já existem aos montes.
Queremos ser gênios. Criativos. Originais.
A pior ofensa para um escritor é falta de originalidade. Mesmo assim continuo vendo colegas fabricando as mesmas histórias, passando as mesmas ideias. Deixando seu estilo para entrar na moda.
Não faça isso.
Abrace o seu estilo. Aceite suas ideias. Ame seus personagens.
Não fabrique modismo apenas porque gera lucro. Se você pensar comigo, o que gera lucro mesmo é o diferente. Quem tem um diferencial é quem se destaca.
Não pratique o comodismo,
Vá de encontro as novas ideias, as histórias inusitadas, as quais ninguém nunca ousou pensar antes.
Seja ousado.
Seja original.
Seja honesto com seu estilo.
Seja você mesmo.
E não desanime.
A grande diva J.K Rowling ouviu 12 não diferentes.
É melhor ouvir não por ser sincero consigo mesmo, do que ouvir um sim por seguir uma moda.
Em outras palavras:
Prefiro fracassar sendo quem sou, do que prosperá tentando ser outro alguém.
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Oiii Camila, tudo bem?
ResponderExcluirMenina que postagem incrível, e realmente amor próprio é tudo que precisamos a cada dia, parabéns pelo texto.
Beijinhos
Oie linda!
ExcluirObrigada pelos elogios, é tão bom ver que alguém gosta do que a gente escreve, não é mesmo?
Espero te ver aqui mais vezes.
Bjs!
Camila!!!!
ResponderExcluirQue post incrível, realmente estamos precisando de ousadia na literatura, é um saco essas ondas, primeiro a onda dos vampiros, depois a onda dos livros eróticos, livros para pintar, parece que a indústria literária como um todo está mais preocupada com ganhar dinheiro do que exercer de fato sua função social principal.
Grande Abraço!!
Lucas!!!
ExcluirObrigada. Eu tava precisando despejar isso porque acho uma injustiça. Conheço tantos escritores talentosos, cujo os livros são maravilhosos, mas eles acabam perdendo o espaço por causa de livros de colorir, ou livros com histórias repetitidas.
É tão triste. Mas as editoras antes de tudo são um comércio, e ás vezes isso prevalece.
Espero que a nova onda seja a da originalidade, onde teremos livros diferentes e de todos os gosto.
Bjs!
Bem dito! Está faltando mesmo isso na literatura, principalmente se tratando de histórias de amor. Fora esse boom de coisas repetidas como vc citou, editoras lançando x assuno só porque vende. bjos
ResponderExcluirOie linda!
ExcluirRealmente, a coisa ta feia no mundo editorial. Espero que as editoras percebam que existem leitores frustados como nós e acabe cedendo um espacinho para livros que realmente façam a diferença.
Espero te ver aqui mais vezes. Bjs!
olá, adorei o texto...isso aí, temos mais é que nos valorizar, ter amor próprio e aceitarmos a si mesmos <3
ResponderExcluirAbraços
Vou te falar que eu já odiei tudo o que eu fazia.
ExcluirNão gostava do jeito que eu me via e nem do jeito que eu escrevia. Foi bem difícil.
Eu escrevo porque preciso, porque é o jeito que encontrei para despejar todos os meus sentimentos. Mas quando eu passo a não gostar, um peso se forma.
E eu vejo que isso acontece com muitas pessoas. Elas acabam deixando o sonho de lado porque acreditam que não são boas o bastante.
Precisamos mudar isso.
E o jeito que eu encontrei foi, por ironia,escrever.
Espero te ver aqui mais vezes.
Bjs!
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirUma boa reflexão para os autores.
Nós, leitores, realmente encontramos muitas histórias de mesma "forma" no mercado, alguns conseguem o diferencial alterando-as, outros não, enfim, fica a reflexão.,
Beijo!
Ana.