Ta bom, não é pra tanto. Mas o que importa agora é que acabou novembro e agora eu tenho todo o tempo do mundo para ler, assistir minhas séries atrasadas e trazer ainda mais conteúdo pra vocês. Ótimo, não?
Mas não vamos falar sobre isso agora não. Na verdade, vamos falar sobre um dos meus livros favoritos de infância. Isso mesmo, hoje tem resenha do segundo volume de Poderosa!
Eu já falei aqui sobre o primeiro volume de Poderosa e se você ainda não leu, corre que ainda da tempo. Também já falei o quanto eu amo Sérgio Klein e sua escrita irreverente. E Poderosa 2 não fica para trás, não. Parece que a medida que a história evoluía, a escrita desse mago das palavras melhorava mais e mais.
Então, preparados para a resenha? Lá vai.
Título: Poderosa 2
Autor: Sergio Klein
Ano: 2006
Páginas: 148
Editora: Fundamento
Ela tenta se conformar com a situação ao visitar um asilo para a aula de história, mas faz duas descobertas inusitadas: as doações feitas aos idosos estão sendo roubadas e se depara com ninguém menos... que sua avó!
Esse é só o começo da novas aventuras de Joana Dalva, muitos perigos e até sequestro, a aguardam.
O primeiro volume terminou muito bem. Joana descobre quem é seu admirador secreto e começa a namorar o Júnior, ops, João. Alguns dos seus problemas foram resolvidos, enquanto outros foram deixados em abertos. E ela ainda se descobre mulher quando tem sua primeira menarca. Mesmo assim, ela aprende que nem tudo se resolve com magia.
"Às vezes eu me sinto predestinada e divina, uma bruxa capaz de criar ou destruir com as palavras que joga no caldeirão. Mas nem tudo se resolve com bruxaria. Eu não tinha conseguido, por exemplo, salvar o casamento da minha mãe nem prolongar a adolescência da vó Nina. Por outro lado, não precisei usar a ficção pra livrar Salete do ex, evitar que Leninha visse o pai com a nova amante, descobrir o autor dos bilhetes anônimos e, de quebra, ganhar um namorado. Tudo isso se arranjou por conta própria e me fez entender que não é possível concorrer com as surpresas do dia-a-dia."
Joana segue sua vida normalmente. Todos os dias vai a escola e no horário livre arranja tempo para o namoro. Ou então, para uma típica briga de irmãos. A mãe anda ainda mais estressada desde o divórcio, mas a nossa heroína já aprendeu a lição e não interfere com seu poder. Na verdade, nesse livro ela se distancia um pouco dos poderes, usando-os para coisas simples.
Mas logo que o livro começa, nos damos de cara com uma tragédia. A avó da Joana, a Dona Nina, acaba falecendo e a família fica desolada. O irmão, tão acostumado com os jogos de video game, não consegue entender como a avó não tem outras vidas; a mãe se preocupa com a saúde mental do filho, tanto que acaba se esquecendo do peso que essa morte teve para Joana; o pai até tenta ajuda, mas depois do divórcio encontra dificuldade para se aproximar da família, principalmente da ex-mulher. E Joana... Joana Dalva tenta passar por essa fase, mas sem ânimo para conversar com ninguém, tudo fica complicado.
Se passar pelo luto de um parente próximo já é difícil, experimente visitar uma clínica de idosos logo após isso.
Com o intuito de conhecer o Brasil melhor, os professores organizam uma atividade interdisciplinar onde os alunos deveriam entrevistar os moradores do asilo municipal.
E logo os problemas começam a aparecer. Primeiro, Joana descobre que sua ex-inimiga, a Danyelle, está querendo ser modelo, e para isso começa a deixar de comer. O que resulta num desmaio no caminho para a clínica. Mesmo com o passado conturbado das duas, Joana começa a se preocupar com a saúde da amiga.
Assim que chegam à clinica, todos são recebidos com a alegria. Os internos tem muitas histórias para contar e nem esperam por perguntas, já começam a botar para fora as melhores histórias que podem se lembram. Nesse cenário, conhecemos personagens bem caricatos.
Bené jura de pé junto que foi ao final da Copa de 50 e assistiu o Brasil perder. Já Honório entrega o amigo e diz que ele mal saia de casa por conta da esposa, e que ele sim foi ao jogo. Mila é uma senhora magrinha que conta que na sua época o sonho das meninas era serem miss. Alice, a mais singular de todas, coleciona bonecas de todos os tipos e as trata como verdadeiras filhas.
Mas quem chama a atenção de Joana é uma mulher alta e desengonçada, com uma cicatriz que corta sua boca. E que usa um gato de pelúcia como travesseiro. Essa estranha a lembrava de alguém, mas ela não conseguia saber quem.
Quando entrevista essa personagem, Joana descobre que os internos sofrem maus tratos e abuso de poder da supervisora da clínica. Pensando em faturar uma boa entrevista e de quebra ainda ajudar alguém, Joana passa alguns minutos conversando com a moradora. No fim, acaba por descobrir um nome.
Adalgisa. Então se lembra de onde a conhece.
Quais seriam as chances de encontrar a antiga empregada/adotada de sua avó?
Mas o dia fica ainda mais surreal quando ela passa pelo corredor e vê Danyelle vomitando no banheiro. E sendo aparada pela Vó Nina!
No mesmo ritmo contagiante de antes, esse segundo volume esta recheado de novidades. Com o mesmo humor de sempre, Sérgio Klein vem nos mostra o quanto o mundo fantasioso e as crises adolescentes andam entrelaçadas.
Joana vai ter que enfrentar desafios ainda maiores nesse segundo volume, como os problemas de uma amiga. E claro, ela vai acaba se metendo onde não foi chamada, o que resulta em mais problemas, dessa vez dos grandes, tanto que sua vida fica em risco.
Vamos perceber que a poderosa amadureceu um pouco, mas nem por isso deixou de ser adolescente. O que significa que vai ter crise sim, e muitas. E ela vai ter que equilibrar todos os problemas, grandes e pequenos, numa unica balança.
O que eu mais gosto nesse segundo volume é que ela acaba tendo que se virar sem seus poderes. Nada de palavras mágicas dessa vez, na verdade são poucas as vezes em que ela as usa para algo útil.
Quando ela está no meio do fogo cruzado, sabendo que não só a sua vida corre risco, como também a de terceiros, ela vai ter que se virar sozinha, sem magia alguma.
Nem tudo pode ser resolvido com palavras mágicas, e Joana vai aprender isso.
Tenho que confessar que alguns acontecimentos no decorrer da história são totalmente fantasioso e sem explicação alguma. E sim, hoje em dia eu confesso que acabo me irritando um pouco.Mas eu aprendi a amar essa história a muito tempo atrás, então não tem como odiá-la.
Assustei você? Já está repensando se deve ler? Bom, não faça isso. Sim temos alguns eventos que fogem da lógica, mas é válido lembrar que a protagonista tem 13 anos e esse livro é infanto-juvenil. Se você se incomoda com isso, por que não indica para uma prima, sobrinha ou filha? Ela com certeza vai adorar tanto quanto eu adorei quando tinha a idade delas.
A capa é maravilhosa. Preta, com o título em amarelo, ela traz alguns trechos da história. Coisa que sempre amei nessa edição. As folhas são brancas, do mesmo tipo que de revistas. Os detalhes e desenhos no livro dão a sensação de um diário adolescente, o que traz leveza na hora de se ler. A letra é de bom tamanho.
A escrita é fluida, do jeito que só Sérgio Klein pode fazer. Com bastante humor, ele consegue suavizar partes que seriam dramáticas, o que acaba por não nos cansar. Em apenas uma sentada, já conseguimos finalizar a história.
Se você procura uma história leve, que pode ser lida depois de um exaustante livro, você veio ao lugar certo. Se por acaso aceitarem minha sugestão e acabarem por ler, me conta depois.
Bom gente, por hoje é só. Fiquem atentos que essa semana vai ser corrida e bem gostosa. Comente, deem sugestão, me mande sua opinião. Lembrem-se, isso é um diálogo, não monólogo.
Assustei você? Já está repensando se deve ler? Bom, não faça isso. Sim temos alguns eventos que fogem da lógica, mas é válido lembrar que a protagonista tem 13 anos e esse livro é infanto-juvenil. Se você se incomoda com isso, por que não indica para uma prima, sobrinha ou filha? Ela com certeza vai adorar tanto quanto eu adorei quando tinha a idade delas.
A capa é maravilhosa. Preta, com o título em amarelo, ela traz alguns trechos da história. Coisa que sempre amei nessa edição. As folhas são brancas, do mesmo tipo que de revistas. Os detalhes e desenhos no livro dão a sensação de um diário adolescente, o que traz leveza na hora de se ler. A letra é de bom tamanho.
A escrita é fluida, do jeito que só Sérgio Klein pode fazer. Com bastante humor, ele consegue suavizar partes que seriam dramáticas, o que acaba por não nos cansar. Em apenas uma sentada, já conseguimos finalizar a história.
Se você procura uma história leve, que pode ser lida depois de um exaustante livro, você veio ao lugar certo. Se por acaso aceitarem minha sugestão e acabarem por ler, me conta depois.
Bom gente, por hoje é só. Fiquem atentos que essa semana vai ser corrida e bem gostosa. Comente, deem sugestão, me mande sua opinião. Lembrem-se, isso é um diálogo, não monólogo.
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