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{Resenha} Azul da Cor do Mar

Publicado em segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Título: Azul da Cor do Mar
Livro Único.
Autor: Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito
Páginas: 334
Ano: 2014
Saiba mais: Skoob

Sinopse: ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A ideia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.

Olá amoras! Como vocês estão? Espero que bem.

Eu estou super mega empolgada. Não só porque hoje tem resenha, mas também porque esse livro virou um xodó para mim.

Quer saber como? Então bora pra resenha!


 Rafaela Vila Boas sempre sonhou em ser jornalista. Curiosa como só ela, a garota sempre gostou de investigar e escrever, portanto era natural que escolhesse esse cursó.  Os pais tentaram fazê-la mudar de idéia, mas não teve jeito.

Descobri que queria ser jornalista aos treze anos. No começo meu pai achava engraçado e dizia que eu acabaria mudando de ideia quando ficasse mais velha. Só que eu não mudei, meu pai parou de achar graça e tentou me convencer a escolher outra profissão.
Outra "obsessão" em sua visão era um menino.  Um garoto que ela "conheceu" numa praia em Iriri, onde sempre ia passar as férias. Digo conheceu entre aspas porque eles nunca chegaram a ser falar. Ela, com seus 11 anos de idade, apenas avistou o garoto diversas vezes, até encontra-lo uma última vez, na praia, depois de ter mergulhado com um envelope - e voltado sem.

Depois daquele dia, Rafa escreveu inúmeras vezes para o garoto. Prosa, poesia, de tudo tinha em seu caderno. Era como um memorial para aquela memória que ela nunca esqueceu.

Já que, tecnicamente, posso ser considerada uma jornalista investigativa, por que não uso minhas técnicas de investigação para encontrar o garoto? A resposta principal é que agora eu sou adulta e não posso ficar brincando de procurar um sujeito sem nome, sem história, do passado. Adolescentes fazem essas coisas; uma pessoa da minha idade, não.
Mas Rafa cresceu. Agora ela está terminando o último ano de Jornalismo e está concorrendo a uma vaga no maior joreal de Minas Gerais,  o Folha de Minas. Dedicada, ela acaba conseguindo. Mas junto com a vaga dos seus sonhos vem um jornalista - e seu mentor - grosso e que parece odiá-la.


Esse é o meu primeiro livro da Marina Carvalho e foi uma revelação para mim. Sempre julguei como uma história bobinha, clichê, sem nenhuma adição de açúcar. Que erro.

Vamos começar pela escrita. Marina Carvalho, assim como muitos escritores nacionais contemporâneos, tem uma leveza na escrita. Ela se liga com o leitor como se falasse com um amigo íntimo. E a primeira pessoa ajuda e muito nessa ligação.

A história é bobinha e bem previsível. Admito que suspeitei do fim logo no comecinho, assim como vocês fizeram agora. Mas o que acontece no meio é tão extraordinário, que a gente até esquece. Garanto que emoção é o que não falta.

Os personagens são bem desenvolvidos. Não vi uma profundidade nos secundários, mas achei que seria bem desnecessário caso isso acontecesse. Os protagonistas tem cicatrizes e são bem ambíguos. Um verdadeiro banquete.

Eu me apaixonei pela Rafa? Sim, mas teve horas que quis bater nela. Eu me apaixonei pelo Bernardo? Claro. E odiei ele bastante também.

E por quê? Porque eles não são perfeitos. Fazem burradas, voltam atrás, consertam, tentam de novo.  E é tão boa a evolução deles. Tão natural que mal percebi.

Que mais que posso falar?

A capa é essa maravilha que tá aí.  Eu sou super apaixonada por ela e, adivinhem,  tem relevo! Coisa que amo, claro. As páginas são um pouco espessas, amarelinhas e a fonte é  de um tamanho confortável.

Mais uma vez, elogio a escrita da Marina. Me senti como uma amiga intima da protagonista. Tanto que algumas horas quis entrar no livro e abraçá-la,  dizendo que tudo ia fica bem.

Se eu recomendo? Super.

Esse é um daqueles livros leves, em que numa tarde só a gente termina. Mas olha, marca viu.

2017 já começou com tudo.

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