{Resenha} Aves de Rapina

Olá amoras, tudo bem com vocês? Espero que estejam todos muito bem e animados para essa quarta feira chuvosa - não vou nem comentar que essa chuva só começou no fim do meu turno, mas okay. Hoje eu to trazendo uma resenha que eu estava morrendo de vontade de fazer para vocês, quase que eu não me controlo para soltar esse post antes da hora. Mas enfim esse dia chegou e eu não poderia estar mais feliz.

Bora lá?

Todos conhecem o relacionamento pra lá de conturbado entre Arlequina e o Coringa, relacionamento esse que é abusivo, vamos frisar isso antes de tudo. Mas dessa vez parece que os dois terminaram de vez e a Arlequina parte atrás da sua emancipação.

Com muito humor, é claro que isso não vai ser uma tarefa fácil e, é mais claro ainda, que ela acaba metida em algumas confusões básicas. Como ser perseguida por um dos maiores criminosos da cidade, por exemplo. Mas ela lida com esse tipo de adversidade muito bem e de forma bem cômica.

Ao longo da trama, a vilã mais adorada conhece outras mulheres tão peculiares quanto ela. Uma detetive cansada de ter sua glória roubada por seu chefe, uma assassina atrás de vingança, uma cantora de um bar bem suspeito e uma criança delinquente e ladra. É aí que nasce as Aves de Rapina.

Primeiro, precisamos destacar essa equipe de apenas mulheres, marco histórico nos filmes de heróis. E, é claro, por se tratar de apenas mulheres, vemos várias questões feministas a serem levantadas, coisa que eu amei. Mas o filme consegue fazer isso de uma forma bem leve e espontânea, sem se aprofundar muito nessa temática, uma vez que essa não é a proposta dele.

Podemos perceber o quanto ele destaca que a todo momento as personagens são vítimas de machismo, seja ele explicito ou não, numa forma de inferiorizar as mulheres por serem como elas são, como se não fossem capazes de se igualarem aos outros vilões. Algo que eles acabam se arrependendo depois de alguns socos.

Além disso, não existe sexualização nas garotas, algo que podemos observar principalmente nas roupas. Nada de shortinhos curtos e closes super desconfortáveis a lá programas dos anos 90. E vamos bater palma para esse figurino lindo e de cair o queixo, eu particularmente fiquei de cara com o figurino da Canário. Isso é o que conseguimos quando temos mulheres figurinistas e diretoras, palmas para a DC.

Também preciso chamar a atenção não somente a atuação da Margot que parecia ter nascido pra atuar nesse papel, dava pra perceber o quão natural a Arlequina era pra ela. O filme é cheio de efeitos especiais muito bem feitos, além da fotografia ser muito bonita e colorida. Bem ao estilo da Arlequina. Ah, um ponto a ser destacado! Existem alguns rumores que o motivo de não aparecer sangue, mas sim confetes quando a Arlequina atira em alguém, é porque esse é o jeito que ela enxerga essa cena. Se for isso mesmo, é genial.

Gostei também da forma como o enredo de desenrolou, de um jeito envolvente e contagiante, me fazendo vibrar com as cenas de luta e ação, e me desesperar quando as coisas davam errado. E olha que eu nem iria conseguir assistir esse filme e fui mais pelo impulso do que por outra coisa.

Enfim, foi uma experiência única e eu espero que se repita mais vezes. Gostaria que a DC continuasse por esse caminho trazendo cada vez mais visibilidade para as heroínas e vilãs mulheres.

Agora eu quero saber de vocês, já assistiram? Se sim, gostaram? Se não, pretendem? Vamos conversar!