Houve de fato um incêndio, mas esse em Nova York que acabou matando 125 mulheres e 21 homens que trabalhavam numa fábrica e, por conta de condições precárias, esse incidente teve início. Além disso, o dono desse estabelecimento os trancavam durante o expediente, numa forma de impedir greves e motins. Por isso, quando o incêndio teve início, eles não conseguiram fugir.
Além disso, após a segunda guerra mundial, o dia 08 de março passou a ser bastante significativo devido a greve das russas. Mas foi somente em 1975 que a ONU declarou essa data oficial.
Agora, porque essa pequena aula de história?
Como eu disse mais acima, a luta continua, agora mais do que nunca. Anos se passaram e tivemos inúmeras conquistas. Temos o direito de estudar, votar, trabalhar fora. Podemos sonhar em quem quisermos ser. Em muitos países, não somos mais obrigadas a nos casar com completos estranhos ou senhores donos de terra. Em muitos países, podemos frequentar escolas e faculdade e até mesmo sermos professoras e mestres. Em muitos países, chegamos até mesmo a presidência.
Mas aí é que está. Em muitos países, mas não em todos.
E não somente isso, apesar das muitas conquistas, ainda continuamos a morrer. Eles continuam a tentar nos silenciar. Os nossos salários são inferiores ao dos homens. Ainda temos que deixar de trabalhar para criarmos os nossos bebês, porque ainda somos consideradas as únicas responsáveis por isso.
Somos mortas quando saímos na rua. Quando usamos roupa curta, ou não. Quando dizemos não, quando contrariamos suas vontades. Somos mortas quando queremos mais, ou não. Somos mortas quando vamos trabalhar e quando saímos para nos divertir. Somos mortas quando desejamos ter nossos filhos e quando nos recusamos à uma gravidez indesejada.
Somos mortas.
E isso precisa urgentemente acabar.
Precisamos no unir, entender que sororidade é mais que uma palavra bonita para a união das mulheres (palavra essa que sequer o blogger reconhece). Sororidade é estarmos ali uma para as outras, se colocar no lugar de uma outra mulher, apesar de sua vivência ser completamente diferente da minha. Temos urgência em nos unir, porque o resto do mundo está contra nós.
E precisamos nos inspirar numa das outras, por isso hoje eu trago aqui um Top 5 de Autoras Inspiradoras. E sim, essa introdução foi incrivelmente grande, mas eu precisava falar tudo isso.
Agora que já nos entendemos, vamos para o nosso Top 5?
Rupi Kaur
Indiana, imigrante, artista. Existem inúmeras palavras para definir essa que se tornou uma das minhas autoras preferidas. Seu estilo único e desafiador, traz poemas ácidos e necessários. Como um remédio amargo, mas que se faz importante e nos cura. Assim eu defino a poesia de Rupi.
Ela imigrou para o Canadá quando tinha nove anos e herdou diversos hobbies de sua mãe. Mas foi sua originalizada e rebeldia que lhe conquistou o mundo.
Seus poemas falam de liberdade, mas também de relacionamentos que nos fazem refém. Não somente relações afetivas, mas também fraternais. Ás vezes, a pessoa que nos é mais tóxica, tem o mesmo sobrenome que o nosso.
Enfim, eu poderia ficar aqui horas descrevendo o que faz essa autora tão especial, mas não conseguiria chegar à sua essência. Se quiser saber mais sobre sua biografia, deixo aqui um post pra lá de especial. Mas se quiser entendê-la mesmo, leia seus livros.
Cecília Meireles
Um dos primeiros nomes para mim na poesia foi Cecília. Essa que sabia descrever exatamente o que eu estava sentindo e como eu estava sentindo. Eu a conheci ainda muito pequena, quando tinha por volta dos meus onze, doze anos, mas desde aquele dia eu sabia que eu queria ser como ela... eu queria ser poetiza. Muito tempo se passou, várias coisas mudaram, esse desejo foi e voltou. Mas Cecília continua a me comover e a me inspira.
Richelle Mead
Meu amor por essa autora é tanto que ela sempre esteve por aqui no blog, qualquer assunto era motivo para colocá-la em pauta. Minha primeira série completa, é dela. Assim como o meu primeiro spin-off. E também a minha primeira revolta porque, não adiantava que existiam doze livros da mesma história, eu queria mais. Richelle Mead me inspira e me alegra. Seus livros me tocam, eu choro e sofro junto com seus personagens. E me reconheço em cada um deles. Ela é mãe, esposa e extremamente dedicada no que faz. Já comentei aqui bastante sobre ela, mas vale dar uma nova conferida.
Carina Rissi
Outra autora nacional que me encanta constantemente. Nascida aqui em São Paulo, ela vem conquistando uma legião de fã com seus romances pra lá de clichês. E apesar disso, ou talvez por esse mesmo motivo, suas histórias emocionam centenas. E continuam a nos surpreender cada vez mais. Tanto que Perdida foi um dos primeiro livros que resenhei aqui. E mesmo tendo passado tanto tempo, continuo apaixonada.
Jane Austen
Por último, mas não menos importante, trago aqui uma das minhas musas. Uma mulher à frente do seu tempo, assim como sua personagem Elizabeth. Com histórias envolventes e que trazem à luz temas importantes, essa mulher é praticamente uma queridinha para mim. Quisera eu ser metade de quem ela foi. Apesar de seus livros, por sua idade já avançada, terem uma linguagem mais rebuscada, nada disso nos impede de nos fascinar por eles. Tanto que suas histórias continuam extremamente atuais. Maravilhosa é a palavra para ela.
Gente, por hoje é só. Eu queria falar de tantas outras autoras aqui, mas eu poderia ficar o dia inteiro somente nisso. O fato é, toda mulher importa. Toda autora é mais do que necessária. Então deixarei vocês com esse gostinho de quero mais. Mas, antes de ir, faço um apelo à todos. Reflitam sobre esse dia. Mais que isso, reflitam sobre o que acontece. E apoiem as mulheres, sejam elas autoras ou leitoras, vendedoras ou clientes, empresárias ou funcionárias, donas de uma carreira brilhante ou mães. Sejam elas quem forem, apoiem. Vamos dar mais voz às mulheres. E mais ouvido também.
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ResponderExcluirUau eu amei, você é tão criativa nos post e amei cada palavra escrita. Você arrasa amiga.
ResponderExcluirObrigada amiga, fico muito feliz que tudo esteja do seu agrado. Você não sabe o quanto isso me alegar
ExcluirA Rupi é uma autora que eu quero muito conhecer, eu sempre vejo comentários muito positivos sobre a escrita dela e sobre os temas que ela aborda, mas ainda não tive oportunidade de conhecer, mas quero muito!
ResponderExcluirAs outras que você citou eu não li nada delas. Adorei seu post!
Olá!
ExcluirNossa, eu me apaixonei demais pela escrita da Rupi, ela foi um das autoras que mais me tocou e me emocionou. Se tiver a chance, leia algum livro dela. Tenho certeza que vai gostar!
Olá, tudo bem? simplesmente adorei a suas indicações de autoras. Das citadas, 3 estão também entre minhas favoritas, como a Carina Rissi, Jane Austen e Richelle Mead e tenho váriaaas outras favoritadas. Eu praticamente cresci lendo autores mulheres, lendo universos femininos, então isso para mim é algo corriqueiro, algo que faz parte da minha vida. Amei demais a sua postagem e espero ver mais indicações assim <3
ResponderExcluirBeijos
Olá!
ExcluirÉ tão bom quando nos cercamos de autores bons, mas acho que para nós mulheres é ainda melhor quando nossos favoritos são do mesmo gênero que nós. Rola uma identificação sem igual. Fico muito feliz que tenha gostado do post e espero vê-la mais vezes por aqui.
Beijos
Eu nunca li nada da Carina Rissi, acredita?
ResponderExcluirÉ uma das autoras favoritas da minha irmã, ela vive me indicando, mas não sei porque ainda não dei uma chance para a escrita dela. Preciso mudar isso logo.
Adoro Jane Austen e também preciso ler mais livros delas <3
Publicação maravilhosa
Sai da Minha Lente
Acontece haha
ExcluirSempre tem aquela indicação que, por algum motivo desconhecido, a gente acba protelando. Fico muitos feliz que tenha curtido o post!
Das autoras que você listou só não conheço a Michelle, mas as outras conheço e amo demais. Tanto as escritas e histórias, como a trajetórias delas! Elas são mesmo grandes inspirações!
ResponderExcluirOlá!
ExcluirQueria mesmo era mostrar isso, o quão especial essas mulheres são e como nós podemos nos inspirar nelas, apesar de nem sempre as nossas carreiras serem semelhantes.